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Caraguatatuba, São Paulo, Brazil
Deixar registrado aqui essa fase da minha vida. Difícil, talvez a pior, mas como tal já passou. Conheço meu inimigo, portanto nunca subestimo o Câncer. Esse mal é traiçoeiro, e como!!! Não valorizo a sua passagem muito menos o seu fantasma. Não deixo de viver um dia sequer, grata a Deus que me concebe, feliz por ser a mulher forte que sou. Ando com Fé, e bola pra frente. A vida não para e eu também não.

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29 de dezembro de 2010

RECEITA DE ANO NOVO



Receita de Ano Novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ver,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra
birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta ou recebe mensagens? passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Esse vídeo foi para brindar 2009, mas poderá ser para 2011,  2012, 2013....2050,  2051, 2052, 2099...

28 de dezembro de 2010

Desejos para 2011

Um repórter de Belo Horizonte,  estava abordando alguns  transeuntes, perguntando  qual o seu maior desejo para o ano de 2011?
Bem,  foi em Belo Horizonte, mas as respostas com certeza poderiam ser dadas em qualquer  grande Capital, de qualquer outra cidade ou país.
Acreditem nas respostas.
Um carro novo, isso sim me deixaria imensamente feliz.
Muito dinheiro  para não ter que trabalhar nunca mais na vida.
Uma chapinha mágica que deixasse o meu cabelo lisinho, para que eu nunca mais tivesse que fazer nada neles.
Casa, emprego,  namorado novo e uma plástica (essa ai só faltou trocar de família também).
Saldar minhas dívidas para comprar algumas coisas que estou precisando. (Que círculo).
Jesus amado, brincadeira ou não, ninguém aproveitou a oportunidade para fazer um pedido maior, coletivo, significativo.
Será que  Saúde, Paz, Harmonia, Integridade, União, Espiritualidade.
Não é Legal.
Não é Necessário.
Não acho que eu pense assim só porque passei por uma doença crônica em 2010.
Sinceramente esse tipo de aquisição eu acho pequena demais.
Acho que até essas pessoas merecem mais da vida, é uma perspectiva muito pequena, é limitar a vida.
Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração, ou não?


24 de dezembro de 2010

JESUS, O MESTRE ESQUECIDO


É final de ano. As famílias já começam os preparativos para as festas natalinas. Presentes são comprados, viagens marcadas, descanso na certa. É o chamado "espírito natalino" envolvendo a todos.
Mas, quase sempre não nos importamos com o verdadeiro sentido deste feriado, que é a comemoração do nascimento de Jesus.
Nossas crianças, bombardeadas pela mídia, acreditam que o Natal é refletido na figura do Papai Noel, o bom velhinho que presenteia a todos.

Prestemos atenção, mas praticamente inexiste a idéia de Jesus nestes dias. Poucos conversam com seus filhos sobre o que o Mestre tem a ver com as comemorações. O comércio explora a ansiedade de compra dos consumidores, mostrando que o que mais importa é correr atrás das melhores ofertas.
Isso tudo não é errado. Afinal, a tradição dos homens recomenda a troca de presentes neste período. Chegam até a dizer que isso é um simbologismo do que fizeram os reis magos quando do nascimento de Jesus, quando lhe ofertaram ouro, incenso e mirra.
Se fizermos tudo isso com o objetivo de agradar a quem gostamos, não há problema algum. Devemos fazê-lo com muita satisfação.

Mas acontece que para nós o Natal passa a ser só isso, e pronto.
Na noite natalina, comemos e bebemos muito. Nos divertimos, contamos histórias. Até que começamos a exagerar.
Passamos de uma noite de confraternização para um momento de angústia e libertinagem.
Muitos de nós, embebedados, acabamos por fazer atos impensados. Alguns colocam seus traumas para fora, levantam velhas discussões de família, aproveitam para denegrir a imagem de quem não está presente.
Corremos com nossos carros pelas estradas, cometemos desatinos, não pensamos nas conseqüências.

Tudo em nome da "festa do dia". Na verdade, agimos como se fosse apenas mais um feriado para desforrarmos nossa vontade de "agitar".
Em meio a tudo isso, Jesus continua como o Mestre esquecido.
Coisa de beato, de fanático, dirão alguns. Ficar pensando em religião em dia de festa!
Porém, acabamos por esquecer que a festa deveria, além da confraternização, da alimentação farta, ser um momento de reflexão sobre nossas vidas.
Será que esse homem, que dois mil anos depois de sua crucificação tem sua data de nascimento simbolizada neste dia, que fez com que seus ensinamentos fossem a base para as leis do ocidente, não tem razão no que pregava?

Um homem que apenas com três anos de vida pública, dos 30 aos 33 anos de idade, fez o mundo ser dividido em dois: antes e depois dele, não mereceria ser seguido com mais afinco por todos nós?
Se o que ele dizia não fosse verdade sobreviveria por tanto tempo?
O que temos feito baseados no que ele ensinou?
Temos vivido só para comer, beber, dormir, fazermos sexo, trabalhar e se divertir? Ou temos aproveitado a inteligência que o Pai altíssimo nos deu, e de quem Jesus tanto falava, para buscarmos ser mais úteis e sábios em nossas decisões?
O Natal deveria ter também esta conotação. Dizemos também, porque pedir que só reflitamos sobre a vida neste dia é pedir muito para homens tão apegados ao consumo como ainda somos. Mas, precisamos dar a devida consideração a Jesus neste dia festivo, colocando-o lado a lado com nossas expectativas.
Tomemos cuidado com os exageros nas festas. Sejamos alegres, não imprudentes. Aproveitemos a oportunidade para reatar amizades perdidas por orgulho, perdoar a falha alheia, entender a necessidade do próximo.
Enfim, sejamos cristãos neste dia maravilhoso, que comemora a passagem entre nós daquele que dizia que quem quisesse ser o maior, deveria servir, e não ser servido. Lembremos de sua mensagem e fiquemos felizes.
Com certeza, como dizia o próprio Jesus, onde estiverem dois ou mais reunidos em seu nome, ali estará ele. E a felicidade reinará, absoluta.
Fonte.: http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=1959]
Publicado por Marcio-geec em 25/7/2006

Carlos Alexandre Fett





22 de dezembro de 2010

YIN YANG


Final de ano, momento faxina, quase sempre um grande achado.
Nós vamos acumulando coisas, que passamos grande parte do tempo sem encontrá-las quando queremos, e quando não,  apenas tirando de um lado e colocando em outro, sem darmos muita importância.
Isso aconteceu com um CD com algumas fotos, coisa de uns cinco anos atrás.
Ele ficou perdido, encontrei-o ontem.

Considero essa foto uma das mais bonitas que eu captei.
Falo isso porque pude admirar a paisagem antes da foto, coisa que não consigo  catalogando  pássaros. Com os pássaros a coisa é muito rápido, o pássaro não espera o flash, deveria esperar, mas...
Voltando a foto, ver  a mesma  imagem refletida na água, foi um momento mágico.
Em um bom Paulistes, o mundo de ponta cabeça.
Parece a circunferência do Planeta terra refletido na água.Me lembro que na época comentei, o direito e o avesso da mesma paisagem, o antes e o depois, o que eu sou e o que eu acredito, a minha vida de hoje e de amanhã.
O que eu fui ontem e o que eu serei amanhã.
Se tivesse fotografado hoje certamente seria.
A vida antes e depois do câncer.
Certamente  existe muita perspectiva, basta canalizar  o meu olhar.
Espero que gostem da foto, eu tenho um carinho muito grande por ela.




21 de dezembro de 2010

VERÃO

É como um sol de verão
Queimando no peito
Nasce um novo desejo
Em meu coração
É uma nova canção
Rolando no vento
Sinto a magia do amor
Na palma da mão

Último dia do meu aniversário, início do verão.
Período que eu amo, sol é vida, é renovação, se esse ano eu não vou fritar na praia, o que também não é bom.
Não importa.
O importante é que o meu sol, está lá em cima brilhando intensamente.
Como diz um amigo queimando as formas e pensamentos negativos.
E assim vamos  continuando a música...
É verão!
Bom sinal!
Já é tempo
De abrir o coração
E sonhar...
Roupa Nova Música e Letra

20 de dezembro de 2010

O Rosto de Jesus




Eu acredito muito na sincronia de pensamentos e sentimentos, ontem eu recebi esse texto, de uma querida,  já o conhecia  em seguida, uma outra querida,  a Angela do blog notícias da cozinha, me passou esse vídeo incrível.

Do governador da Judéia, Públios Lentulus, ao César Romano:
- Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas.
Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos.
É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, á moda nazarena.
A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio.
Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face. Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar.
Até nos rigores é afável e benévolo.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando. As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora.
Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido. O seu porte é muito distinto. É belo.
Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.. Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei.
Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências.
Anda descalço e de cabeça descoberta.
Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que porém se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César.
Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.
OBS 1
A descrição acima foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma.
Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério.O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.
OBS 2
Sabemos também que após a crucificação de Cristo Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época




19 de dezembro de 2010


Tia demorou.

Charles Chaplin.


DEPENDE DE MIM

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio
marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo... ou agradecer às águas por
lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria.... ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar.... ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa... ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim."
Charles Chaplin.

17 de dezembro de 2010

NATAL, PODE SER UMA ÉPOCA CRUEL PARA OS ANIMAIS

Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.
Albert Schwweitzer ( Nobel da Paz - 1952 )
Bianca




 As festas de final de ano podem representar datas muito especiais para nós humanos, mas podem ser uma época cruel para muitos animais.
Muitos animas acabam perdidos por causa dos fogos de artifício, muito comuns nessa época e que aterrorizam tantos animais.
Outro motivo muito comum para cães e gatos terminarem nas ruas nas festas de fim de ano é o fato de muitas pessoas tirarem férias neste período e simplesmente abandonarem seus animais, alegando não poder levá-los para o destino ou não ter onde deixá-los.
As tristes estórias vividas por esses animais podem ser revertidas.
Adotando um animal você está contribuindo para a retirada do outros animais das ruas e dando uma oportunidade para estes seres viverem com dignidade e amor junto a uma família, que é tudo que eles precisam!

Família é tudo o que nós precisamos.

Eu já postei anteriormente, o meu amor incondicional a esses pequenos deserdados.
A Bianca e o Negão, foram cães, maltratados e abandonados de uma forma desumana e cruel.

Bianca

Bianca quase não tinha pelos pelo corpinho eram só feridas, assustada e  arisca.
Foi com muita paciência e  carinho, que ela se transformou nesse milagre.
Minha grande companheira, nos dias de quimio, com seu olhar cor de mel, parecia  entender o que estava se passando comigo.
Sem perguntas, sem comparações, sem medo do futuro, sem achar estranho,sem achar que eu estava inchada, magra ou gorda, sem questionar com o vizinho, apenas ao meu lado.
Como deve ser um grande amigo, EU ESTOU AQUI.

Bianca
 Assim como o pássaro Sofrê, falo nele no post Sofrer, fotografei-o, diversas vezes,  curiosamente após o término das quimios, desapareceu, deve estar, voando levando a sua liberdade para outras paragens.
Pássaro Sofrê
E o que falar do Negão.
Tão desumanamente maltratado, fome, sede, medo, tudo enfim, a história dele daria vários post, com diversos narradores.
Negão
Quantas histórias de luta por sua sobre vivência.
 Negão, Niegro, Pretão,  Zeca dos dentinhos cariados, Gémeos, Irmãos, Amarelo, Pepe, João Grandão, Bebezão, cachorro sem dono é assim todo mundo baptiza, mas poucos levam para casa.
E o que falar da Maia, a espera de um dono.
Maia
Chutada e abandonada na praia. Aguarda por adoção quem sabe nesse Natal, alguém do Litoral Norte-SP, Vale do Paraíba, ou mais longe, requisito fundamental AMOR INCONDICIONAL.

Maia

 









16 de dezembro de 2010

Quando está tudo e calmo e porque Deus está trabalhando em silêncio.
Flor Maria.

15 de dezembro de 2010

POR UMA BOA CAUSA, Morte Digital de Celebridades


Lady Gaga, Justin Timberlake, Usher e outras celebridades se juntaram a uma nova campanha chamada “Digital life sacrifice” ("Sacrifício da vida digital") em prol da instituição de caridade de Alicia Keys, Keep a Child Alive. Os artistas  se desconectaram  de redes sociais, em primeiro de Dezembro,  Dia Mundial de Combate a AIDS.

Os participantes voltarão à internet quando o projeto arrecadar US$ 1 milhão.
“É realmente importante e legal usar meios em que estamos naturalmente”, disse Keys à agência de notícias Associated Press.
Outras celebridades participantes incluem Jeniffer Hudson, Elijah Wood, Janelle Monae e Serena Williams. Eles gravaram vídeos de seu “último tweet”, e vão aparecer em anúncios nos quais aparecem em caixões, representando sua “morte digital”.
Forte? Não mais do que a situação em que se encontram 15,2 milhões de crianças órfãs na Africa e Índia, cujos pais morreram de AIDS.
Essa campanha incrível é chamada DIGITAL DEATH, iniciativa da ONG Keeep a Child Alive que tem como objetivo trabalhar no combate ao HIV na África e na Índia.
A fundação, criada em 2003, aceitará doações por mensagens de texto. O dinheiro ajudará famílias afetadas pela AIDS na África e na Índia, para que essas crianças e seus países tenham um futuro melhor.
Louvável.

Fonte.:www.g1.globo.com

13 de dezembro de 2010

Maria Flor

Escutei sua voz, muito antes de vê-la.
Ainda lembro de seu rosto iluminado, recompondo a blusa ao sair da pré cirurgia.
Seu nome Maria, Maria Flor.
Minha Flor Maria.
Dentre todas as mulheres daquela sala, Maria olhou para mim é disse.
Deus eu tenho tanta dor.
Acho que é um bom sinal.
Dizem que quando doe, não é.......
Eu sinto tanto dor.
E você minha irmã, sente alguma dor?
Respirei fundo sem querer melindrá-la e respondi.
Não.
Nenhuma dor.
Maria Flor encheu os olhos de lágrimas, e agora me olhando atentamente me disse.
Irmã Jesus vai te curar.
Com certeza.
Eu respondi.
Para quem vive de sinais.
O resultado da Biopsia já não era mais necessário.
Eu estava com câncer.
Câncer de Mama.
Maria também.
Porque Câncer é assim.
Doença que às vezes doe.
Outras vezes não doe nada.
Em outras doe muito, doe demais.
Maria Flor, foi diagnosticada numa fase avançada da doença.
Por anos Maria  procurou no Posto de Saúde, um anjo que a encaminhasse para uma Mamografia.
Só que lá não estava um anjo e sim uma pseudo médica.
Que por Maria não teve carinho, nem compaixão.
Sendo assim a quimioterapia neo adjuvante, chegou tarde e  não ajudou no caso de Maria.
Pelo contrário, agravou o quadro.
Maria teve reações alérgicas a determinados componentes.
Sendo seu caso extremamente grave.
Seus irmãos de Igreja sensibilizados, se reuniram.
Optaram pelo Jejum, jejuar por Maria.
Cada irmão de acordo com a sua saúde Jejuam algumas horas por Maria.
Achei tão bonito, dar alguma coisa de si.
Pensei em Jejuar, mas no meu caso ainda não posso.
Alto lá posso sim.
Uns ficam sem se alimentar.
Por Maria, eu posso ficar sem reclamar.
Sim vou ficar sem reclamar.
E por Maria Acreditar.
Que Jesus vai te curar.
........................................................................................................
Maria está curada, no dia 11/02/2011, ela foi viver ao lado do senhor no céu.
Hoje ela jejua por todos aqui na terra.
Muita Luz a MARIA DA COSTA SENA LEMOS, nossa Maria Flor, Irmã Sorriso.

9 de dezembro de 2010

FORÇA NA PERUCA OU SEJA NÃO SE ABALE


Publicitária superou câncer com quimio, humor e otimismo





"Força na Peruca, Tragédias e Comédias de um Câncer", pela Editora Matrix.


A expressão "força na peruca" ganhou popularidade no universo gay e significa "não se abale". Para a publicitária paulistana Mirela Janotti, 42 anos, a frase teve esse sentido e outro mais literal, já que o acessório fez parte de sua vida por cerca de um ano durante o tratamento para cura de câncer de mama, doença diagnosticada na tenista Martina Navratilova,que deve começou o tratamento em maio último.

Diagnosticada com tumores nos dois seios em 2006, Mirela passou por cirurgias para remoção das mamas, por oito sessões de quimioterapia e 25 sessões de radioterapia. Perdeu os cabelos, cílios e sobrancelhas, mas tudo não foi tão feio quanto imaginava. Por isso, Mirela decidiu relatar em livro sua experiência e publicou "Força na Peruca, Tragédias e Comédias de um Câncer", pela Editora Matrix.

Na obra, Mirela conta com muito bom humor a experiência diante do tumor e da possibilidade da morte. Durante o tratamento, tentou levar uma vida normal, nunca se sentindo como doente. Se não vamos morrer logo, temos de tratar de logo voltar a viver disse.

Mirela não só encarou a luta contra o câncer com otimismo, como arrumou namorado e outro emprego durante o tratamento. No último dia 31 de março recebeu o 13º Prêmio Mulher do Ano de Adella Vilas Boas, que concede um troféu em caráter sociocultural em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. O objetivo da premiação é reconhecer mulheres que tenham contribuído para o crescimento cultural e socioeconômico no país. Mirela conversou com o Terra sobre a doença e o processo de escrita do livro.

Terra- Como e quando surgiu a ideia de escrever o livro?

Mirela Janotti - Em 2006, quando eu estava recém-separada e desempregada, descobri um câncer de mama em estágio relativamente avançado. Achei que fosse morrer e, por isso, pensei em deixar algumas coisas escritas à minha filha, uma espécie de diário. Com o decorrer do tratamento, que foi bem mais fácil do que eu imaginava, surgiu a ideia de fazer um relato mais otimista da doença, que acabou virando o livro.

Como foi escrever um livro sobre sua doença? Ao escrever o livro, ou seja, ao expor a minha situação para outras pessoas, acabei por ter eu mesma um maior entendimento do problema pelo qual eu estava passando. Quando entendemos melhor o problema, fica mais fácil achar a solução e a superação.


O nome Força na Peruca é divertido e ao mesmo tempo remete a um acessório que faz parte da vida de muitas mulheres diagnosticadas com câncer. Você usou peruca? Por quanto tempo e como foi sua relação com ela? Comprei uma peruca loura estilo Chanel que me deixava parecida com uma garota de programa. Era verão e a peruca esquentava muito, além de balançar e sair do lugar. Ficava meio insegura com ela e, por isso, fiquei quase um ano usando lenços dos mais variados tipos. Num dia saía de muçulmana, no outro de portuguesa, e havia também a vendedora de acarajé. Já a peruca loura eu usei na noite em que conheci meu atual "namorido". E olha que o "pobre" ficou a noite toda elogiando meu cabelo.

Qual foi a parte mais difícil do processo?

Receber a notícia. Receber um diagnóstico de câncer para mim foi como ouvir uma sentença de morte. Depois do baque inicial, a gente arruma forças para seguir em frente com todas as etapas: cirurgia, quimioterapia, ficar careca. Se não vamos morrer logo, temos de tratar de logo voltar a viver.

No livro, você conta que nunca encarou o câncer de maneira trágica. Acha que essa sua postura foi fundamental para a cura ou seu diagnóstico e tratamento já apontavam para um bom resultado?

Eu tinha 80% de chances de sobrevida. Já se passaram três anos e, graças a Deus, os resultados dos exames não encontraram nada de comprometedor. Receber a notícia foi, sim, uma tragédia, assim como é até hoje refazer os exames. Acrescentando um pouco de comédia nesta tragédia, ou seja, tentando levar a vida mais leve e sabendo rir da própria situação, fica mais fácil superar. Meu oncologista diz que primeiro temos que abolir o câncer da nossa cabeça.

Como era sua relação com a doença antes de ter detectado o câncer de mama?

Tinha algum caso na família ou amigas que passaram por isso?Não, ninguém. Todo mundo na minha família vai embora com um bom e velho enfarte.

Você fez plástica para colocação de próteses de silicone? Como lidou com seu corpo depois da mastectomia?

Estava com três tumores no seio esquerdo e dei muita sorte. As habilidosas mãos do doutor Ivo Carelli Filho preservaram pele e bico. Saí da cirugia já siliconada. Só que um peito durinho e outro já judiadinho. Dez dias depois voltei à mesa de operações para tirar uma pequena metástase na axila e aproveitei para igualar o outro seio em uma mastectomia profilática (preventiva).

Você vivia algum relacionamento na época?

Eu estava recém-separada. Fiquei casada 12 anos e a separação foi bastante traumática. Ele abandonou a mim e à filha por outra mulher. Logo depois da separação, perdi o emprego. Mesmo careca e fazendo quimioterapia, arranjei emprego e um novo namorado, maravilhoso, que está comigo até hoje. Esta semana completamos três anos juntos.

Muitas mulheres dizem que se sentem menos mulheres quando precisam remover parte das mamas ou toda a região. Você sentiu algo parecido?

Não. Conheci meu atual "namorido" (namorado com marido) quando estava careca, fazendo quimioterapia. Tive insegurança em estar com ele uma primeira vez. Medo que a peruca caísse e ele pensasse que eu era um traveco. Resolvi então assumir e contar tudo. Se eu não tinha cabelos, caprichava nos lenços estilosos. Se eu não tinha cílios, pedia para implantar. As sobrancelhas, quando caíram, eu tingia com henna. Ou seja, eu nunca descia do salto. Acho que a sensualidade não está em seios fartos e em cabelos compridos. Está na inteligência e na sagacidade da mulher. Conheço muitas, lindíssimas, que nunca se ajeitaram com ninguém que valha a pena.

Como foi o diagnóstico da sua doença?

Descobri um nódulo em 2003. Fiz biópsia e deu negativo. Três anos depois ele cresceu demais e resolvemos (eu e o cirurgião) tirar por precaução. A situação era tranquila, pois eu já tinha nas mãos um resultado negativo. Nos exames pré-operatórios, descobrimos mais dois tumores. Já era tudo câncer. Eu tinha 39 anos na época e o tratamento durou um ano.

Qual a sua relação com a doença hoje? Que sentimentos a lembrança te traz? Lembra pelo que passou todos os dias?

Conforme o tempo passa, mais distante a doença fica de mim. Vou ganhando segurança. Acreditando cada vez mais que nunca mais terei câncer. Quando volto aos laboratórios para refazer exames vem uma sensação ruim, um déjà-vu. Mas assim que abro os envelopes e vejo os bons resultados, compro champanhe e corro para comemorar.

Como era a Mirela antes e como ficou depois do câncer?

Eu hoje sou uma pessoa melhor. Mais compreensiva, mais corajosa, mais otimista. Se me acham ruim, é porque não me conheceram antes do câncer!

Você segue alguma religião? Fez promessa para algum santo?

Fiz promessa para todos os santos. Me agarrei a todas as crenças. Tenho certeza absoluta de que algo superior, Deus, me permitiu ficar mais um pouco aqui por algum motivo. E quem sabe ajudar outras mulheres com o meu relato, não é mesmo?

7 de dezembro de 2010

FERTILIZAÇÃO EM PACIENTES COM CÂNCER


Matérias como essa, promovem uma explosão de endorfinas e serotoninas na minha alma.
Tudo o que eu acredito, na vida, na evolução,  ciência de mãos dadas com a espiritualidade.
Todas as possibilidades, apesar do câncer.
Que seja imensamente útil, a quem acredita em Deus, na vitória e em si mesma.
Preservação da Fertilidade em pacientes com Câncer
O diagnóstico de câncer é considerado um dos mais sofridos na vida de uma pessoa. Entretanto, se por um lado esta realidade causa pânico ao se pensar no futuro que vem pela frente, a posterior notícia que os tratamentos para este mal estão cada vez mais eficazes, pode trazer algum conforto. Uma das mais importantes considerações ao se determinar qual será o tipo de tratamento que o paciente será submetido, principalmente para crianças antes da puberdade, adolescentes, homens e mulheres mais jovens que não têm filhos e ainda os desejam ter, é: qual será o prejuízo da fertilidade após a recuperação? Estima-se que em 2010, um em cada 250 adultos será sobrevivente de tratamentos de câncer, pois as radioterapias, a quimioterapia, em conjunto com cirurgias, podem curar até 90%. Isto torna a responsabilidade do médico oncologista ainda maior pois, não estar atento a este detalhe tão importante, poderá reservar um futuro muito frustrante para este paciente.
Quanto às mulheres calcula-se que, anualmente, 650 mil são atingidas pelo câncer invasivo e 8% delas (52 mil) têm menos de 40 anos. Estima-se que uma em cada 52 mulheres deverá ter câncer antes dos 39 anos. A cada ano mais mulheres jovens têm câncer. Também são registrados anualmente um aumento de 0,3% de casos. O índice de cura vem aumentando: 0,6% por ano e por isso é importante pensar na fertilidade futura destes pacientes. A radioterapia, quando for realizada no baixo abdômen, poderá danificar ou até destruir os ovários, dependendo do tamanho e da localização do tumor e da intensidade da irradiação necessária para a cura. Quando isto ocorre, a mulher pára de produzir hormônios e entra na menopausa, impedindo a gestação com seus próprios óvulos. O mesmo pode ocorrer com a quimioterapia que, dependendo das drogas utilizadas e das doses necessárias para a cura da doença poderá, além de extinguir o tumor, prejudicar também a função ovariana. As cirurgias castradoras são, muitas vezes, a melhor opção para a cura da mulher, entretanto poderão definir para sempre o futuro infértil da mulher. As mesmas considerações são válidas para o homem. É importante que o médico que trata o paciente com câncer tenha conhecimento das técnicas atuais para preservação da fertilidade, a fim de garantir, após a cura dos seus pacientes, a possibilidade de terem filhos e construírem suas famílias.

Técnicas para preservação da fertilidade
No Homem
Congelamento do sêmen
É um processo realizado com técnicas bem estabelecidas e resultados confiáveis. O sêmen deverá ser coletado através da masturbação, preferencialmente em várias amostras. Será congelado a -196C, armazenado por tempo indeterminado podendo ser descongelado e utilizado no momento adequado.
Congelamento de tecido testicular
Embora o congelamento do sêmen seja uma opção simples e de fácil execução, o congelamento do tecido testicular pode oferecer uma opção a longo prazo, principalmente nos casos de alguns tumores que prejudicam a qualidade do sêmen. É ainda uma técnica experimental, mas pode em alguns casos ser a única opção. Espera-se que no futuro, com o avanço nas pesquisas para o uso de células-tronco, a técnica de congelamento testicular possa ser uma alternativa interessante.
Observação
Quando houver urgência para o início do tratamento oncológico, pelo menos uma amostra de sêmen deverá ser congelada.
Perguntas que deverão ser respondidas pelo médico ao paciente, seus pais ou responsáveis (caso seja menor de idade), antes do início do tratamento oncológico:
1. O tratamento afetará a fertilidade do homem ou do menino? Se a resposta for “sim”, qual a melhor técnica para preservar a fertilidade?

2. Como e quando o paciente poderá saber se é fértil ou não após o término do tratamento? Existem testes para isso?

3. Se a fertilidade não for preservada, existem alternativas para que ele possa ter filhos futuramente?

4. Se for realizado o congelamento do sêmen ou tecido testicular, existe uma data limite para serem utilizados?

5. Haverá mudanças do desejo sexual?

6. Haverá riscos para a gestação ou para a criança quando ele tiver seus filhos?

7. Quais são as clínicas especializadas que podem indicar os melhores métodos para preservar a fertilidade?

Na mulher

As meninas nascem com um número limitado de óvulos. A quantidade de óvulos diminui gradativamente a partir da primeira menstruação até chegar na menopausa quando já não existem mais óvulos disponíveis para serem fertilizados. A radioterapia e a quimioterapia tendem a acelerar ainda mais esta perda da capacidade reprodutiva. Novas técnicas têm proporcionado esperanças para preservar ou recuperar a fertilidade em meninas e mulheres que são submetidas a tratamentos de câncer. Entre elas estão o congelamento de embriões, tecido ovariano, óvulos e transposição dos ovários em caso de radioterapia.
Congelamento de embriões


Através da fertilização in vitro, o ovário é estimulado com hormônios, os óvulos retirados e posteriormente fertilizados em laboratório. Formam-se os embriões que serão congelados em nitrogênio líquido a -196C permanecendo assim por tempo indeterminado. É considerada uma boa técnica por ser eficaz e proporcionar taxas de gravidez ao redor de 40%, mas é restrita à pacientes que não necessitam de um tratamento oncológico imediato e a tumores que não são afetados por hormônios. Além disso, a mulher já deve estar com o parceiro com o qual pretende formar uma família. Outra preocupação já comentada anteriormente (leia mais sobre o assunto em “Prorrogando e Preservando o potencial Fértil”), é o fato dos embriões serem legal e eticamente considerados seres vivos e, por isso, em nenhuma hipótese, poderão ser descartados. Caso haja desinteresse por um dos membros do casal em manter os embriões congelados ou o desejo de utilizá-los para futura gestação, eles não poderão ser exigidos pelo outro, o que pode levar a conflitos judiciais. O congelamento de óvulos e tecido ovariano não têm este compromisso.
Congelamento de tecido ovariano
Pode ser uma ótima alternativa, em crianças que ainda não atingiram a puberdade e por isto não têm ainda óvulos para serem congelados e em pacientes que não podem ser submetidos à indução da ovulação com hormônios. Através da videolaparoscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, é retirada uma parte de um dos ovários. Este tecido é congelado permanecendo assim até o momento adequado para ser reimplantado. Não existe um período pré-determinado. O tecido poderá ser fragmentado ou não e poderá ser reimplantado na região pélvica, sobre o outro ovário, perto das trompas (tópico), ou em locais diferentes como parede abdominal ou braço (heterotópico). Nestas condições, para que ocorra gravidez, normalmente, são necessários medicamentos para indução da ovulação usados habitualmente nos tratamentos de fertilização in vitro. Ainda é uma opção que oferece pequenas taxas de sucesso, mas pode ser indicada quando não houver uma alternativa mais adequada.
Congelamento de óvulos
É uma técnica muito importante por oferecer bons resultados de gravidez futura. Tem como vantagem, em relação aos embriões, o fato de serem células e, por isso, se não forem mais desejados poderão ser descartados. A paciente deverá ser submetida a um tratamento de indução da ovulação semelhante ao da fertilização in vitro com a retirada dos óvulos e posterior congelamento. Nestes casos, existem duas possibilidades com o mesmo fim. Se o tumor que a paciente tem, necessitar de quimioterapia e puder esperar três a cinco semanas para o início do tratamento oncológico, receberá medicamentos para a estimulação ovariana para que haja um número maior de óvulos a ser congelados, pois um número maior garante melhores resultados no futuro. O tipo de medicação vai depender do tumor ser sensível ou não ao hormônio estrogênio que poderá se elevar neste tipo de tratamento e piorar a evolução da doença. Entretanto, é importante saber que para estes casos existem estratégias adequadas para indução da ovulação, que encurtam o período de indução e exposição do tumor a este hormônio. Mas, se não puder receber os hormônios convencionais, poderão ser utilizados outros mais “fracos” que podem gerar um número menor de óvulos ou até utilizar um ciclo natural sem remédios.
Em alguns casos específicos os óvulos poderão ser maturados no laboratório por uma técnica especial (Maturação in Vitro) para posteriormente serem congelados. Desta maneira diminui-se ainda mais o tempo de exposição ao estrogênio.
Transposição dos ovários
Nas situações em que for necessária a radioterapia na região pélvica, os ovários poderão ser atingidos diretamente e ter a sua reserva ovariana prejudicada. Para evitar esta proximidade dos ovários com as “sondas” dos aparelhos poderá ser realizada uma cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscopia) que colocará os ovários, durante o período do tratamento, distante do local que será atingido pela radiação. Após o término do tratamento através da mesma técnica cirúrgica, os ovários poderão voltar para o local original.
Proteção Medicamentosa
Existem controvérsias se os danos causados pela quimioterapia aos ovários podem ser amenizados por alguns medicamentos, como por exemplo, os análogos do GnRH. Alguns estudos têm demonstrado vantagens nesta produção, porém não existe, ainda, um consenso nesta afirmação.
Entretanto, pode ser uma alternativa quando somada à outras técnicas de preservação da fertilidade.
Perguntas que deverão ser respondidas pelo médico à paciente, seus pais ou responsáveis (caso seja menor de idade), antes do início do tratamento oncológico:
1. O tratamento afetará a fertilidade da mulher ou menina? Se a resposta for “sim”, qual a melhor técnica para preservar a fertilidade?

2. Como e quando a paciente poderá saber se é fértil ou não após o término do tratamento? Existem testes para isso?

3. Se a fertilidade não for preservada, quais são as alternativas para que ela possa ter filhos?

4. Se houver falência ovariana (menopausa pelo tratamento) quais serão os sintomas? Existe tratamento para isso?

5. Depois de terminado o tratamento, quanto tempo levará para que a menstruação retorne? Se não estiver menstruando será necessário o uso de hormônios ou contracepção se desejar evitar filhos?

6. Haverá mudanças do desejo sexual?

7. A gravidez é segura após o tratamento? Se a resposta for positiva, quanto tempo a paciente deverá esperar para ficar grávida?

8. Haverá riscos para a gestação ou para a criança caso ela fique grávida?

9. Onde o paciente poderá encontrar clínicas de Reprodução Humana especializada para este tipo de tratamento?

Decidindo a estratégia para a preservação da fertilidade na mulher

Avaliação inicial - Risco de metástase - envolvimento ovariano

Embora a maioria dos cânceres não levem metástases para o ovário, alguns deles como as leucemias, podem causar este tipo de envolvimento o que pode ser grave. O neuroblastoma, por exemplo, apresenta grandes chances de causar este mal, enquanto o câncer de mama tem baixo risco de metástase ovariana (tabela 1), bem como, o tumor de Wilms e o Sarcoma de Ewing. No câncer de colo uterino de células escamosas, o grau de envolvimento ovariano é inferior a 0,2%. Independentemente do risco previamente conhecido das chances de metástase ovariana, os fragmentos de ovários que serão congelados devem ter amostras para serem examinadas e confirmarem diagnóstico da ausência de células malignas.
Estratégias

Existem várias opções para a preservação da fertilidade em mulheres com câncer. A estratégia a ser escolhida vai depender da idade da paciente, o tempo disponível para que as medidas possam ser tomadas sem atrapalhar o sucesso do tratamento oncológico e o tipo de câncer. O esquema a seguir ajuda a encontrar a melhor opção para a mulher:

Ética e garantias de sucesso
As Associações Médicas Internacionais de Medicina Reprodutiva questionam o valor destas técnicas de preservação da fertilidade, devido a garantias restritas de sucesso de gravidez após o término do tratamento oncológico. Entretanto, só após o paciente ou responsáveis por ele (Bukovsky, 2005) conhecerem as reais vantagens deste procedimento, é que deverá ser tomada a decisão definitiva. As taxas de sucesso são variáveis e podem chegar até 40%, cabendo ao congelamento de sêmen e embriões a maior possibilidade de resultados positivos, pois estas estratégias, ao contrário das outras, já são utilizadas há muitos anos. As mais recentes técnicas de congelamento de óvulos, têm demonstrado taxas de gravidez ao redor de 30%, já o congelamento de ovário e fragmentos de testículo possuem resultados ainda discretos.
É importante lembrarmos que o futuro promete novos avanços que permitirão alcançar melhores resultados e talvez coincidam com a época que o paciente deseje ter seus filhos. Nós, particularmente, concordamos com Revel e Shenker (2004) que num debate publicado pela revista Human Reproduction defendeu a idéia de oferecer o congelamento de tecido ovariano a estas pacientes, antes do início da quimioterapia, quando a indução da ovulação não for possível. Lembra-se aqui que medicina é considerada uma "ciência de meios" e não uma "ciência de fins". Por isto devem ser citados os princípios do Código de Ética Médica.
Capítulo I

Artigo 5 - O médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor progresso em benefício do paciente.

Capítulo V

Artigo 57 - Não deixar de utilizar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do paciente.

A procriação deve ser um direito de todos e é reconhecido na Declaração Universal dos Direitos do Homem (Resolução da III Sessão Ordinária da Assembléia Geral das Nações Unidas aprovada em Paris em 10 de dezembro de 1978). Nesta declaração, destaca-se que, além da igualdade e da dignidade, o ser humano tem direito de fundar uma família.



(Declaração Universal dos Direitos do Homem, artigos III, VII e XVI, 1) - Fonte: Reprodução Assistida: até onde podemos chegar? - Alvarez de Oliveira e Borges Jr.

Muitas vezes precisamos olhar o futuro e lembrar da rapidez do desenvolvimento da ciência e aí ponderar, refletir e imaginar a reação de um paciente, recuperado do seu câncer, e ao saber que antes do início do seu tratamento, não lhe foi oferecido qualquer chance de preservar a sua fertilidade. Uma oportunidade única que para alguns pode ser mínima, mas que pode garantir no futuro 100% de resultados positivos.
Este conceito de proporções maiores ou menores de sucesso é sobejamente conhecido pelos pacientes e familiares que já passaram pelas possíveis dúvidas sobre o diagnóstico e tratamento desta doença e, por isso, já estão acostumados com este tipo de dificuldade. A cada dia e a cada ano os resultados de recuperação da fertilidade pelas células e tecidos preservados estão maiores e por isto caberá ao profissional responsável ponderar com seu paciente ou familiares, caso seja ainda adolescente, como direcionar seu futuro reprodutivo.

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