Mulheres que iniciaram o tratamento com radiação mais de seis semanas após a cirurgia ficaram mais propensas à reincidência
Rinaa Punglia, oncologista e principal autora do estudo
Cientistas do Instituto do Câncer Dana Farber relataram que mulheres mais velhas, que fizeram cirurgia de câncer de mama tem um risco maior de recorrência da doença, se atrasarem o seu tratamento pós-cirúrgico com radiação.
O estudo, que envolveu mais de 18 mil mulheres com 65 anos ou mais, que tiveram câncer de mama, constatou que aquelas que iniciaram o tratamento de radiação mais de seis semanas após a cirurgia conservadora estavam mais propensas a ter reincidência, do que aquelas cujo tratamento por radiação foi iniciado em menor tempo depois da cirurgia.
Rinaa Punglia, oncologista e principal autora do estudo, disse que ela e seus colegas conduziram a pesquisa para abordar, cientificamente, o debate sobre o intervalo apropriado entre a cirurgia e a radioterapia e seu impacto sobre os resultados do tratamento.
A radioterapia pós-cirúrgica é projetada para destruir as células cancerosas remanescentes após a retirada de um tumor de mama localizado.
" Quatro a seis semanas após a cirurgia é visto como um intervalo seguro para o início da radioterapia, que normalmente é administrada cinco dias por semana, durante seis semanas" , explicou Punglia.
Os pesquisadores estudaram registros de 18.050 mulheres com câncer de mama na fase inicial, para avaliar se o momento em que começaram a radioterapia após a cirurgia afetou os resultados. Estas mulheres foram tratadas entre 1991 e 2002, com tumorectomia e radiação, mas não com quimioterapia. Cerca de 30% das mulheres começara m a radioterapia seis ou mais semanas após a cirurgia.
Para o grupo total, pouco mais de 4% das mulheres tiveram uma reincidência local. O risco aumentou para 5 %, quando o intervalo entre a cirurgia e a radioterapia foi superior a seis semanas.
Os pesquisadores descobriram que não havia nenhum "limite" para que o risco de repente aumentasse. O aumento acontece progressivamente a cada dia.
"Não há uma grande diferença entre 43 dias em vez de 41", comentou Punglia. "O aumento do risco dia-a-dia é muito pequeno."
"É possível que o aumento do risco identificado em mulheres mais velhas possa ser ampliado para as mulheres mais jovens, cujos tumores são biologicamente diferentes e tendem a ser mais agressivos", acrescentou Punglia
Fonte: Isaude.net
2 comentários:
Wilma
Eu fiz a radio depois de 4 meses da cirurgia, pois primeiro fiz a quimio. Mas tb acho que demorar demais para fazer não é legal. Vá em frente com força e muita fé, agora falta pouco! Um abraço minha amiga!
fiz a quimio e a radio antes de operar..depois voltei a fazer quimio...e Herceptin...
creia vais vencerrrrrrrropssssss já venceste......
beijos linda menina
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