Ambroise Paré a descreveu de forma brilhante:
"Na verdade é uma coisa maravilhosamente estranha e prodigiosa, que seria difícil acreditar (salvo por aqueles que a viram com seus próprios olhos e a ouviram com os seus próprios ouvidos), que os pacientes se queixem amargamente, vários meses, após a amputação, de ainda sentirem uma dor excessivamente forte no membro já amputado".
Fico com a definição fácil das minhas sobrinhas.
"Tia o Barato e Louco"
Bizarro
E eu concordo é Loooooooouuuuucccccoooooo mesmo!!!!!!!!
E eu concordo é Loooooooouuuuucccccoooooo mesmo!!!!!!!!
No Brasil, o câncer de mama representa a segunda maior incidência de neoplasia maligna primária (41.610 / 100.000) e a primeira causa de óbitos (9.33S/ 100.000) entre as mulheres, certamente, porque a doença ainda é diagnosticada nos estádios mais avançadosl, levando aos tratamentos mais radicais.
Tão bonitinho que virou Fantasma, sai desse corpo Chulé. |
A abordagem terapêutica do câncer de mama envolve a cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. Geralmente, ostratamentos propostos associam duas ou mais abordagens, levando em consideração, além do estadiamento da doença, as características individuais, tanto clínicas, como psicológicas, visando obter melhor qualidade de vida para a paciente, após o tratamento.
Síndromes dolorosas pós-mastectomia são complicações decorrentes da cirurgia, e incluem neuralgia do intercostobraquial, neuromas, lesões de outros nervos e sensação da mama fantasma4.
A sensação da mama fantasma pode ser relatada por mulheres que foram submetidas a mastectomia e é similar à sensação observada após a amputação de órgãos, que são ricamente enervados, como membros, dentes, bexiga, reto e genitáliaS,6. Algumas mulheres relatam que sentem a mama presente e intacta após a mastectomia, como antes da cirurgia. Outras sentem a mama ou parte dela. Sensações de alfinetada, dormência, pressão, prurido e/ ou dor no mamilo ou na mama amputada, também são relatadas.
HISTÓRICO:
Ambroise Pare (1510-1590), cirurgião militar francês foi o primeiro médico a descrever a sensação pós-amputação. Ele notificou fortes dores nos membros amputados dos seus pacientes e caracterizou os sintomas apresentados, como síndrome dolorosa pós-amputação.
Estudos subsequentes realizados por Charles Bell (1830), Magendie (1833), Rhone (1842) e Guéniot (1861) forneceram descrições detalhadas sobre o fenómeno e, em 1871, Silas Weir Mitchell, neurologista americano, criou o termo "membro fantasma", afirmando em 1872, que "estes fatos não estão apenas reservados aos membros ou parte deles. A mama amputada geral mente é sentida, como se estivesse presente".
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA:
A incidência da sensação de mama fantasma geralmente é subestimada, porque muitas mulheres receiam relatar sobre sua saúde, a menos que sejam questionada especificamente.
A prevalência da sensação da mama fantasma nas pacientes mastectomizadas varia de 15% a 64% e da dor na mama fantasma de O a 44% 8, sendo menor, que a apresentada, após a amputação dos membros. Essa diferença pode ser justificada pela presença da cinestesia que existe nos membros e pelo fato da mama e do tronco possuírem pequena representação no homúnculo cortical 6,8.
Em casos de mamafantasmadolorosa, a dor se apresenta inicialmente no mamilo e, com o tempo, se torna mais generalizada, não apresentando diminuição na sua prevalência ou intensidade. Diferente, do que pode ser observado, nos membros fantasmas dolorosos, onde a dor se inicia tipicamente mais generalizada e, com o tempo, torna-se mais localizada; podendo, em alguns casos, diminuir sua intensidade, frequência e duração.
FATORES DE RISCO:
O tipo de mastectomia (simples, radical ou radical modificada), tempo de pós-operatório, lado da cirurgia, acometimento dos linfonodos, doença neoplásica avançada, quimioterapia ou radioterapia adjuvante, uso de prótese ou reconstrução da mama parecem não ter relação com a ocorrência do fenômeno da mama fantasma.
As mulheres que relatam sensação fantasma geralmente são jovens, na pré-menopausa, com filhos e com sensibilidade preservada na mama contra-lateral.
Complicações no pós-operatório, como a formação de seroma ou de infecção, que podem levar à sensação da mama fantasma ou tornar crónico, o quadro doloroso.
Algumas mulheres relatam que a sensação da mama fantasma pode ser estimulada pela menstruação, pela excitação sexual ou pela mudança de temperatura.
Histórias de ansiedade e depressão, de exercícios, de toque e de movimento com o membro superior homolateral à mastectomia são fatores que podem estar relacionados e/ou exacerbar a dor fantasma.
A sensação e a dor fantasma podem facilmente se tornar um problema crónico, levando o paciente à angústia e à inabilidade funcional.
Sensação e de dorfantasma, no paciente oncológico, devido ao fato da dor fantasma ser complexa e o paciente oncológico ser cheio de peculiaridades.
Fonte:-
Abordagem fisioterapêutica na mama fantasma em mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia.
Abordagem fisioterapêutica na mama fantasma em mulheres submetidas à cirurgia de mastectomia.
http://www.etete.com.br/artigos/abordagem-mastectomia3.html
Este trabalho foi baseado em revisão bibliográfica, utilizando bases de dados nacionais e internacionais, através da MedLine e Bireme com os seguintes descritores: phanton, breast câncer, pain e physiotherapy. Foram também consultadas as referências bibliográficas dos artigos selecionados.
Este trabalho foi baseado em revisão bibliográfica, utilizando bases de dados nacionais e internacionais, através da MedLine e Bireme com os seguintes descritores: phanton, breast câncer, pain e physiotherapy. Foram também consultadas as referências bibliográficas dos artigos selecionados.
11 comentários:
Querida Wilma!
A rádio é muito traquila.
Nenhum efeito colateral...
Pode ir tranquila!!!!
Já te falei que seu blog é lindo de morrer???
Um beijo grande Wilma!!!!
Aline
Quatro anos depois, esse fantasminha ainda me assombra, só que agora não é mais dor e, sim, coceira. Pode? A explicação, na nossa religião, é que a mama perispiritual ainda está lá. Ainda bem: já que a vida verdadeira é no outro plano, pelo menos lá não estaremos mutiladas, correto? Como diz Aline, vá sem medo para a radio. Mama limpa na ida, muito creme hidratante na volta, nada de exposição ao sol. Passa rápido e é uma oportunidade de conhecer gente interessante e ajudar o próximo. Comigo foi assim. Que Deus a abençoe a cada minuto, para encerrar esta história em capítulos, este folhetim da dor.
Beijos 1000.
Minha amada!
Importante, cuidadosa e criteriosa revisão bibliográfica: PARABÉNS! Quanto ao Pluft adorei a "definição" das sobrinhas...um barato, mora! É mais que real essa "sensação" e nem adianta contratar os Caçadores de Fantasmas pois desse eles não dão conta mesmo. Estou daqui, sempre, enviando-lhe aquela ENERGIA que vc bem conhece!
Beijuuss ILUMINADOS n.c.
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
Olá Wilma,
Muito bom artigo sobre a "mama fantasma e dor fantasma". O problema é que dói de verdade, coça pra cara..mba, tudo fica anestesiado de VERDADE! Muitos médicos tratam a dor real como se fosse dor fantasma, mas tem cientista preocupado com esta dor e ouvindo as mulheres, que não são fantasmas, buscando entender: que dor é esta? A resposta simplória: é psicológico, "ganho secundário (ou seja, usar a dor para chantagear emocionalmente familiares) é coisa rasteira, para diletantes. Confundir a dor na mama real com a dor fantasma do membro fantasma é tosco, nada científico! Estou estudando o assunto e já achei algumas explicações que pretendo depois publicar no blog. Mas já foi bom deixar escrito aqui no comentário para as mulheres que sentem dor que a dor é real, traz limitações e tem explicações para além do ghost ou divã de psicanalista! Parabéns por colocar A DOR devido ao tratamento cirúrgico do câncer de mama em destaque e para o debate. Abraço. Marina.
Wilma
Que saudades de você. Estava ausente pois não estava legal. Caí emocionalmente, mas to levantando de novo. Olha essa síndrome do membro fantasma eu senti com meu cabelo, vc acredita? Eu sentia meus cabelos, mesmo não os tendo e principalmente na hora de dormir no travesseiro. Vai entender? E você como está? Quando começa a radio? Me manda um email contando sobre a consulta e o resultado da biópsia. Fica com Deus minha amiga! Bjssssssssssss
Fantástica a tua abordagem do tema...
Cheia de humor e muito inteligente!
Parabéns e um beijo ENORME*
Eu tirei:útero,ovários,trompas há 2 anos e meio atrás..........na época meu médico dise que se eu não retirasse td ,iria ter um câncer do endométrio.......arrasad,me internei e pum!!!!tirei tudo!!!!meses depois,arrependida,sinto dores no local.........ao passar em uma roleta de ônibus,sinto dor......uma amiga me disse,que o nosso corpo,possue "memória ".......serão os fantasmas ?????bjcas
Olá minha amiga...
Passarei á ser uma seguidora, admiradora e torcedora nessa tua luta diária...
O barato é louco, mas nós somos loucasss para enfrentá-los e sairemos vencedoras entre trancos e barrancos, com dores fantasmas, dores carnais, mentais, mas venceremos!!!
Fique bem minha amiga!!
Olá amiga, muito interessante essas informações, eu já tinha ouvido falar sobre isso, mas no caso de mastectomia eu não sabia. Beijos
olá minha mãe está fazendo tratamento contra o cancer de mama,ela já retirou a mama na mesma cirurgia foi feita a reconstrução da mama,mas essa reconstrução não deu certo e ela hoje está na 4ªseção de quimioterapia e ela reclama muito de dores na região onde foi retirado o tecido para refazer a mama(aquela região onde se faz a cezariana).se voce tiver algo para me dizer para que eu possa passar a ela por favor me ajude.
Oi Elisângela.
O tipo de procedimento que eu realizei foi diferente da sua mãe.
Fiz 8 seções de quimio, descansei por um mês, fiz a mastectomia, retirada total da mama.
Na época fui aconselhada pelo meu médico a não fazer a reconstrução imédiata.
Motivo:- Irei fazer seções de radio, o que pode irritar a pele, e como o procedimento seria o expansor,eu poderia ter algum desconforto maior.
Só irei fazer a reconstrução depois das seções de radio, sem pressa.
No meu caso em particular, é melhor assim.
São muitos procedimentos.
Todos eles mexem muito com o lado emocional.
Então optei, pela reconstrução tardia.
E sinceramente não me arrependo.
O importante é saber que o tumor, não esta mais aqui.
Acompanhei casos de mulheres que retiraram tecido da barriga e costas, que também tiveram desconforto e dores mas que hoje estão bem.
Sugiro a sua mãe retornar aos médicos, inclusive ao cirurgião, porque eles sim são as pessoas mais indicada, a reavaliar o motivo das dores nessa região.
A sensibilidade emocional, também é muito afetada, passamos por um turbilhão de emoções e sentimentos.
Mas apesar da luta e das dores, estamos seguindo em busca da cura isso é o mais importante.
Deixe seu email, para que eu possa entrar em contato, quem sabe conversar com sua mãe.
Um grande beijo
Wilma.
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