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Caraguatatuba, São Paulo, Brazil
Deixar registrado aqui essa fase da minha vida. Difícil, talvez a pior, mas como tal já passou. Conheço meu inimigo, portanto nunca subestimo o Câncer. Esse mal é traiçoeiro, e como!!! Não valorizo a sua passagem muito menos o seu fantasma. Não deixo de viver um dia sequer, grata a Deus que me concebe, feliz por ser a mulher forte que sou. Ando com Fé, e bola pra frente. A vida não para e eu também não.

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30 de março de 2011

SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME, AFFF!!!!

Médicos indicam drogas anticâncer para saudáveis.

Quimioprevenção é defendida para quem tem alto risco de manifestar a doença
Especialistas brasileiros questionam uso em larga escala desses remédios, que causam vários efeitos colaterais
Um grupo de oncologistas dos EUA e da Europa está defendendo a quimioprevenção, que é o uso de remédios para câncer em pessoas saudáveis, mas com alto risco de desenvolver a doença.
Em um consenso internacional coordenado pelo epidemiologista Jack Cuzick, do centro de pesquisas em câncer do Reino Unido, médicos e pesquisadores afirmam que remédios hormonais são eficazes na redução do risco de câncer de mama, mas pouco utilizados.

Um desses remédios é o tamoxifeno, que bloqueia os receptores de estrógeno na mama. Ele já foi bem pesquisado para a prevenção, e seu uso nesse contexto foi aprovado pelo órgão regulador de medicamentos dos EUA, o FDA, mas não pela Anvisa.
"A indicação pode ser feita individualmente pelo médico, mas a maioria não faz", diz o oncologista Auro del Giglio, da faculdade de medicina do ABC e do hospital Albert Einstein.
Isso porque, segundo Giglio, o remédio pode aumentar o risco de trombose e câncer de útero. "E, embora as pesquisas mostrem que o remédio diminui casos de câncer, não indicam se ele faz a mulher viver mais tempo e ter qualidade de vida."
A indicação da droga costuma ser feita para casos de alto risco, mas há tentativas de estender esse uso. O mastologista José Roberto Filassi, do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) acredita que há interesses comerciais por trás.
"Há um estudo sobre o uso preventivo de outro tipo de droga hormonal para câncer que deve ser publicado em 2012. São os inibidores de aromatase, que impedem a formação de estrógeno. Pode haver interesse dos fabricantes, porque esses remédios estão perdendo a patente."
Em artigo publicado no periódico "Lancet Oncology", os principais autores do consenso declaram conflitos de interesse. Eles receberam patrocínio da Astra Zeneca, Novartis e Eli Lilly, que fabricam inibidores de aromatase.

POLÊMICA

Em outro artigo publicado na revista "Nature", Michael Sporn, professor de farmacologia da faculdade de medicina Dartmouth (EUA), sugere que o uso preventivo de remédios para câncer pode se tornar tão comum quanto o de estatinas para evitar doença de coração.
As estatinas diminuem o colesterol, fator de risco para infartos. Os remédios hormonais reduzem ou bloqueiam o estrógeno. Em 70% dos casos de câncer de mama, o aumento desse hormônio no tecido mamário está associado ao desenvolvimento da doença.
"É preciso diferenciar as coisas. O colesterol pode ser medido objetivamente. O risco de câncer de mama não, é só uma projeção a partir de dados clínicos. E mesmo assim, ter maior risco não significa que você vai desenvolver a doença", diz a coordenadora de oncologia clínica do Icesp, Pilar Estevez.
Além de a definição de "risco" ser problemática, Estevez questiona o uso de remédio por pessoas que não estão doentes.
"Se ela tiver complicações por causa do remédio, trocou uma probabilidade de doença por problemas induzidos pelo medicamento."
Fonte.:
IARA BIDERMAN de São Paulo

29 de março de 2011

JOSÉ DE ALENCAR


Houve um tempo envolvida em minha ignorância  perante a doença, que cheguei a achar que esse homem/anjo só estava vivo, porque não era tratado no SUS.
Mas, uma frase dele sobre o câncer calou fundo a minh'alma, ali estava um homem especial, digno de todas as honrarias terrenas e luz nos céus.
" Deus não precisa do câncer como pretexto para a morte de ninguém".
" SE DEUS QUISER ME LEVAR, ELE NÃO PRECISA DE CÂNCER... SE ELE NÃO QUISER QUE EU VÁ, NÃO HÁ CÂNCER QUE ME LEVE..."O homem deve viver preparado para morrer a qualquer instante, e deve proceder como se não fosse morrer nunca.

Não tenho medo da morte porque cada coisa tem seu tempo. O que estou fazendo, me tratando, é cumprir a minha parte com responsabilidade.
Sem dúvida um grande homem.
Como diz minha mãe os anjos dos céus hoje estão em festa!!!

CÂNCER

"O câncer para mim não é novo. Fui operado em 1997, no dia 23 de dezembro, antevéspera do Natal, de um tumor no rim direito e outro no estômago, ambos malignos. Câncer para mim é coisa antiga, não é nada novo. Estou tranquilo."
12 de novembro de 2006

"Rezem por mim, o negócio está feio."
6 de janeiro de 2008

"Onde está a coragem para um cidadão que não tem alternativa? Não tenho medo da morte. Não sei o que é a morte."
17 de fevereiro de 2009

"O caso dela [Dilma Rousseff] é muito diferente. Ela está curada."
21 de maio de 2009

"Primeiro, tenho fé em Deus. Jesus Cristo tem um discurso, o Sermão da Montanha, e lá tem o Pai Nosso, no qual ele diz: 'Seja feita a Vossa Vontade assim na terra como no céu'. Porque, se Deus quiser te levar, ele leva, a hora que ele quiser. Você não morre na véspera, chegou sua vez, você vai. Agora, você tem de respeitar os médicos que cuidam de você."
30 de dezembro de 2007

"Você não sabe o que é a morte, então você não tem de ter medo da morte. Você tem de ter medo é da desonra, dela você tem de ter medo, isso mata você."
30 de dezembro de 2007

"É preciso que haja uma evolução no tratamento para que o paciente fique mais seguro, porque, no fim, ele vira uma cobaia, que é o que acontece comigo."
27 de novembro de 2008

"Confesso que prefiro uma candidatura ao Legislativo. Até porque tenho 78 anos e quando terminar meu mandato [de vice-presidente] terei 79. E eu sei que a agenda do Executivo é mais pesada. [...] A não ser que os médicos digam que eu tenho mais 20 ou 30 anos garantidos."

28 de março de 2011

ANJOS

Existem anjos do senhor no meu caminho.
São tão especiais que com o seu incentivo suavizam a minha caminhada.
Seres diferenciados, seres angelicais.
Tão raros, tão importantes e tão bons.
Esse é angelical até no nome.
Ângela, muito obrigada!!!

12 de março de 2011

JAPÃO URGENTE


Diante de tamanha perplexidade, é impossível pensarmos somente nos nossos pequeninos problemas.
Como um legítimo Samurai, dobro meus joelhos exausto, diante do poder da mãe natureza, perante a nossa ignorância coletiva.
Assim como aconteceu com Hiroshima, que todas as províncias do Japão possam se reerguer novamente.
Afinal moramos em uma mesma casa, que quando é invadida seja por fênomenos naturais, ou invadida por desvarios do próprio homem, é que percebemos que essa casa não tem fronteiras, e somos todos irmãos.
Oremos.



5 de março de 2011

MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO


Linda a homenagem ao Maestro brasileiro João Carlos Martins, feita pela Vai-Vai.
Unindo o Erudito ao Popular.
Tão linda que foi reconhecida pelos jurados e ganhou o Carnaval de 2011.
Seu enredo " A música Venceu", contou a história de superação desse músico e ser humano extraordinário.
A escola do bairro do Bixiga em São Paulo, levou à avenida a história de superação do ex-pianista, que virou maestro após perder o movimento das mãos.


Com certeza apenas em ouvir a história do Maestro João Carlos Martins já nos traria um profundo suspirar pela sua luta e sucesso obtido. Mas essa luta tambem em muitos momentos é transferida para vida de cada um de nós, que numa proporção menor ou maior, tambem passa pelos cravos.
Superar é entender o momento, procurar tranquilizar-se nas adversidades, mas não aceita-las. Lutar sempre!!! E mesmo que no final de uma grande batalha você se sinta vencido, respire, ainda não é o fim dos seus sonhos. Entenda que tudo tem o tempo certo, independente da escolaridade, do grau de cultura, da sua posição financeira.
O importante é voce não perder o seu " Norte ", acreditar sempre, sempre, sempre....
O seu tempo de vitória não tardará a chegar!!!
Uma história para se guardar:
Maestro João Carlos Gandra da Martins, um paulistano, nascido em 1940, tem seu amor maior pela música. Admirado e respeitado em todo mundo por sua grandeza e acima de tudo pela sua história de vida.
João Carlos Martins viu-se por diversas vezes privado de desenvolver seu talento com o piano, vezes em que teve um nervo rompido, perdendo todo o movimento da mão direita em um acidente num jogo de futebol em Nova Yorque.
Com vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão, mas com o correr dos anos desenvolveu a doença chamada "LER", que ocorre devido a movimentos repetitivos e causa o estressamento de nervos. Novamente teve que parar de tocar, e dessa vez acreditou seria para sempre.
Vendeu todos seus pianos e tornou-se treinador de boxe, querendo estar o mais longe possível do que sua carreira significava como músico. Mas sua incontrolável paixão o fez retornar, e realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento de suas mãos criando um estilo único de tocar e aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas. Utilizou-se da mão esquerda para suas peças e obteve extremo sucesso com esta atitude.
Ao realizar um concerto em Sofia na Bulgária, sofreu um ataque em um assalto, e um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento de mãos novamente. E ao se esforçar, sofria dores intensas em suas mãos, principalmente na esquerda. Novamente pensou que nunca mais voltaria a tocar. João perdeu anos de sua carreira em tratamentos, treinamentos e encontrou novamente uma nova maneira de tocar, utilizando os dedos que podia em cada mão, mas dia a dia podia tocar menos e menos com o estilo e maestria de antigamente.
Essa paixão de João Carlos pela música inspirou um documentário franco-alemão chamado "Martins Passin", vencedor de quatro festivais internacionais — FIPA DÓR 2004; BANFF ROCKIE AWARD 2004; CENTAURO com o melhor documentário de longa-metragem, S. Petersburgo; BEST DOCUMENTARY AWARD, Pocono Mountains Film Festival, USA.O documentário franco-alemão sobre a sua vida – "Paixão segundo Martins" – já foi visto por mais de um milhão e meio de pessoas na Europa. Também já foi exibido em algumas oportunidades na TV aberta no Brasil, no caso a TV Cultura.
"Eu estava sem rumo, em 2003, já sabendo que não poderia mais tocar nem com a mão esquerda. Sonhei então, que estava tocando piano, com o Eliazar de Carvalho, que me dizia: – vem para cá, que eu vou te ensinar a reger." – palavras de João Carlos em uma entrevista.
Em maio de 2004, esteve em Londres regendo a English Chanber Orchestra, uma das maiores orquestras de câmara do mundo, numa gravação dos seis Concertos Branndenburguenses de Johann Sebastian Bach e, já em dezembro, realizou a gravação das Quatro Suites Orquestrais de Bach com a Bachiana Chamber Orchestra. Os dois primeiros CDs já foram lançados (lançamento internacional).
Incapaz de segurar a batuta ou virar as páginas das partituras dos concertos, João Carlos faz um trabalho minucioso de memorizar nota por nota, demonstrando ainda mais seu perfeccionismo e dedicação ao mundo da música.
João Carlos realiza,também, na Faculdade de Música da FAAM, um programa de introdução à música com jovens carentes.
A atuação de resgatar a música para as pessoas que conhecem ou ainda nunca tiveram contato com ela faz parte deste "momento mágico" em que vive o maestro João Carlos Martins.
Trabalha diariamente com pessoas de todas as camadas por querer mostrar que realmente
Salvador Dalí, o pintor espanhol teria dito ao maestro que ele era o maior intérprete do compositor Johann Sebastian Bach, após assistir a uma de suas apresentações no Carnegie Hall, em Nova York."A música venceu!".




Fonte.: Mainaldo Medeiros
Mainaldo Medeiros – Formação em Marketing, Trabalhou nos maiores atacados do Pais, como vendedor e Gerente de Vendas. Especialista em Varejo. Criador do Club do Vendedor (www.clubdovendedor.com.br). Autor do livro "Miopia Corporativa" (Verdades e Mitos). Palestras e contato pelo e-mail: mainaldomedeiros@clubdovendedor.com.br
*Parte da biografia do Maestro João Carlos Martins, foi extraída da Wikipédia e transcrito aqui.
Maestro João Carlos Martins faz Jô Soares Chorar



2 de março de 2011

Dra. NISE YAMAGUCHI

Precisamos ter os olhos da alma muito abertos para conseguirmos olhar além das formas, das aparências e conectarmos com os nossos seres amados de coração para coração.
Dra. Nise Yamaguchi

Diretora do Instituto Avanços em Medicina. 



Hoje foi reprisado no canal GNT, a entrevista do Anjo Dra. Nise Yamaguchi.
Para aqueles que ainda não conhecem, segue a entrevista dela concedida a Jornalista Maya Santana.
E o video do Programa da Marília Gabriela.
Dizer que a Dra. Nise Yamaguchi é um ser humano extraordinário significa pouco, se a gente quiser realmente fazer jus a esta Oncologista, de 51 anos, filha de imigrante japonês. Ela dorme de 3 a 5 horas por noite; fala quatro idiomas fluentemente, inclusive o alemão, e se comunica em outros 3, entre eles o japonês. É diretora do Instituto Avanços em Medicina, em São Paulo, membro do Comitê Internacional da Sociedade Americana de Oncologia Clínica e consultora do International Prevention and Research Institute, em Lyon, na França, para citar apenas algumas de suas atividades. É comum encontrá-la à uma da manhã pelos corredores do Hospital Sírio Libanês, visitando seus pacientes. Todos eles amam esta médica inquieta, cientista brilhante, que trata cada um deles “como meus heróis anônimos”. Muitos se referem a ela como “uma luz”, “um anjo vindo do céu”.



Maya Santana – O número de casos de câncer está mesmo aumentando?

R - Os casos estão aumentando, mas também estamos vivendo mais. O que acontece é que o câncer é uma doença causada por mutação de células, pela transformação do meio onde a célula está crescendo. O fato de estar havendo um crescimento do número de pacientes tem uma relação com o lado hereditário da pessoa, com o meio ambiente, o estilo de vida. Se ela fuma, bebe, pratica sexo inseguro,tendo mais infecções virais, está sujeita a diversos tipos de câncer relacionados a estes fatores, como câncer de pulmão, de estômago, de esôfago, de pâncreas, de bexiga, de colo de útero. Se ela tem obesidade, é sedentária, fabrica mais fatores semelhantes à insulina, dentre outros, e pode ter mais câncer de mama, de próstata, colon e útero(endométrio). E há ainda a questão do excesso de fertilizantes, adubos e inseticidas usados nos alimentos. Tudo isso está ocasionando uma avalanche de fatores químicos e propiciadores de câncer para o organismo lidar.

MS – O tipo de alimentação da pessoa influencia muito…

R - O excesso de carne vermelha, de hormônios, corantes e conservantes faz com que haja mutações celulares. E os produtos industrializados, principalmente, têm muito destas substâncias. Hoje em dia, a maioria das frutas, legumes e saladas também contêm uma quantidade muito grande de agrotóxicos. Tudo isto leva a muitas doenças, que vão sendo tratadas pela moderna medicina. Outro fato importante no aparecimento do câncer é a idade, com a diminuição de um fragmento do DNA chamado telômero e a tendência a mutações acumuladas ao longo do tempo, em diversas células do organismo, expostas a substâncias indutoras de câncer. Como estamos vivendo mais tempo, as células ficam mais expostas a mutações. Houve a época dos poetas que morriam de tuberculose com 25/30/40anos. Hoje, a expectativa de vida do brasileiro é de mais de 70 anos. E ainda o homem vive menos do que a mulher, porque se cuida menos. A saúde do homem é pior do que a da mulher.
MS – Por que o homem se cuida menos?

R - Eu acho que é porque ainda não entrou nos hábitos dele se cuidar. Ele bebe mais, fuma mais, tem mais problemas com a obesidade. É cultural. Não vai ao médico de jeito nenhum, só quando precisa. Já a mulher, vai ao ginecologista, faz a prevenção. Ele costuma ser mais sedentário. O sedentarismo cria uma dificuldade para o organismo lidar com os estresses, porque a pessoa vai sobrecarregando o organismo em nível cardiovascular. Passa a não gastar toda a energia que consome. Hoje, consumimos mais alimentos do que o organismo precisa. Isso é incrível, porque nós temos muitas pessoas que passam fome e tantas pessoas que comem mais do que necessitam.
MS – O que nos leva a comer mais do que precisamos?

R - Além de comer para sobreviver, hoje, há muitos estímulos, excesso de oferta de alimentos. Mas, além disso, está havendo uma confusão entre afeto e comida. As pessoas não têm tempo mais para as outras. Elas não se cultivam mais e, muitas vezes, a comida entra como uma tentativa de substituir o prazer da convivência, o prazer de se sentar calmamente em torno de um fogo e conversar. Tudo se passa em torno da mesa, no almoço e no jantar. Inclusive, engole-se os problemas também. E, acaba se comendo mais. Além disto, a falta de tempo faz com que se consumam mais alimentos industrializados, com grande quantidade de sal e gordura na dieta.
MS – Há um tipo de pessoa com um perfil mais propenso a contrair o câncer?

R - Há uma grande discusssão na humanidade, se o câncer tem origem psicossomática ou não. O que nós sabemos é que ele é causado por múltiplos fatores. Tem uma parte genética, uma parte comportamental, ambiental e há uma outra que é imponderável, porque basta uma célula ter mutações graves e não ser vista pelo sistema do organismo para se tornar uma célula tumoral. Agora, será que isso é tão aleatório assim? É difícil de dizer. Mas, as nossas emoções interferem em nossa área imunológica. A depressão, a raiva, a ansiedade e a angústia atuam nas mesmas vias que o estresse atua. A pessoa aumenta a produção de adrenalina e reduz a de serotonina, que é o hormônio do prazer.
MS – E qual é a conseqüência disso?

R - A produção excessiva de adrenalina pode aumentar a de cortisona pelas glândulas supra-renais e baixar a imunidade do organismo. Alguns estudos psicossomáticos relatam que o tipo de personalidade ou de comportamento do indivíduo pode estar mais relacionado à evolução da doença. Uma coisa que a gente sabe é que quando a pessoa já está doente, aquela que luta vai melhor; abaixo, vem aquela que nega a doença; em seguida, vem a que aceita a doença resignadamente; e, por último, a que vai pior, é aquela que está totalmente desistente, não tem esperanças. O que quero dizer é que, estudos científicos mostram que o comportamento da pessoa frente a doença faz diferença. Uma outra coisa, é a adesão das pessoas aos tratamentos. Quando se tem uma rede de amigos, quando se sente apoiada, quando se relaciona bem com os profissionais de saúde que estão cuidando dela, a pessoa também evolui melhor. Nós somos seres gregários, basicamente. Em todas as culturas as pessoas buscam umas às outras. E esse é um dos elementos mais importantes para se combater uma doença.
MS – É possível uma pessoa se curar, se livrar completamente de um câncer?

R - Todo câncer tem cura, quando é detectado precocemente. Isso é de extrema importância. Quando o câncer é detectado em estágios mais avançados, é preciso ressaltar que o peso dos nossos medos, das nossas angústias, ocupam um espaço muito grande em nossa psique. E muitas vezes minam a capacidade de se ir em frente. É fundamental que a pessoa tenha consciência do problema, que o enfrente adequadamente. Mas, temos que buscar ver mais acima. O ser humano precisa da esperança, senão a gente não levanta da cama nem um dia. Se acharmos que o mundo é péssimo, que não vai melhorar, que está tudo ruim, não vamos querer sair de casa. Isso tudo se aplica no combate à doença, que exige de você o máximo que você pode dar e mais um pouco.
MS – O que se pode fazer de concreto para evitar o câncer?

R - Existe o lugar comum da prevenção. Todo mundo fala: comer várias porções de verdura, saladas e frutas; fazer exercícios, procurar o médico aos primeiros sintomas, fazer Papanicolaou, mamografia, exame de próstata, exame de intestino. Mas, por que as pessoas sabem disso e não fazem? Todo mundo sabe o que não deve fazer: não fumar, não beber, descansar, diminuir o estresse, fazer exercício. Tudo isso é absolutamente verdadeiro. Está estampado em todas as revistas, em todos os lugares.
MS – Por que as pessoas agem assim?

R - Esta é a grande questão. Por que as pessoas não fazem isso? Quais são os pontos cegos que fazem com que uma pessoa não enxergue os sintomas e fique chupando balinha para um câncer de garganta, tomando um xaropinho para um câncer de pulmão. Tomando analgésicos quando tem lesão nos ossos. O que acontece que faz com que a gente tenha uma área cega dentro de nós mesmos, que não percebe os sintomas? O que faz com que o nosso organismo não perceba uma célula doente e não se torne mais sadio? Como é que o organismo perde a auto-regulação? Para se ter saúde, precisa haver um equilíbrio perfeito do organismo em sintonia com o meio ambiente.
MS – A senhora é conhecida pela medicina humanista que pratica. Fale um pouco da maneira como lida com o paciente.

R - O que eu faço numa consulta é tentar achar junto com a pessoa do por quê a vida dela vale a pena, o significado da vida dela, para ela e para aqueles que estão em volta, para o mundo. Isso, para mim, é tão essencial quanto chegar ao diagnóstico e ao tratamento. Geralmente, eu vejo os exames antes de a pessoa entrar e já tenho uma idéia do tratamento que tenho que fazer. Eu coleto as minhas informações mas, em essência, o que quero é conhecer esta pessoa que está na minha frente. Isso é extremamente importante para o tratamento que eu vou oferecer.
MS – É um encontro terapêutico?

R - Exatamente. E esse encontro terapêutico é parte essencial do tratamento. Ele tem um efeito estimulador na psique do paciente, de diminuição dos medos, diminuição das angústias, aumentando a capacidade de enfrentamento. Costumo dizer que os meus pacientes são os meus heróis anônimos, pela coragem de ir em frente; pela coragem de ousar. As chances de o tratamento surtir efeito são individuais, por isso, é muito importante para mim resgatar no indivíduo a vontade de viver. Se eu pudesse passar uma mensagem para as pessoas com mais de 50 anos, e para as com menos de 50 também, é que a vida vale a pena.
MS – A senhora consegue convencê-los de que vale a pena viver?

R - O que digo a eles é que temos que ser muito criativos, porque a vida exige de nós o tempo todo. Ao mesmo tempo, é uma luta prazeirosa, se soubermos olhar a paisagem; se soubermos usufruir dos contactos humanos que vamos tendo ao longo do caminho. Quando eu penso no meu dia, saindo de um hospital e entrando em outro, eu penso também nas pessoas que encontro pelos corredores, os ascensoristas, os porteiros, as atendentes da lanchonete, as copeiras. Todos nós nos olhamos, nos vemos. Eles percebem quando eu não vou, eles me cumprimentam alegremente, ajudam espontaneamente, são nutritivos para um dia conturbado.
MS – Ajudam a tornar a vida mais leve…

R - O que nós precisamos é aprender a olhar, a enxergar. Precisamos ter os olhos da alma muito abertos para conseguirmos olhar além das formas, das aparências e conectarmos com os nossos seres amados de coração para coração. Eu acho que não existe tempo, não existe espaço quando estamos conectados pelo amor. Amor é uma energia que move montanhas, nos estimula a viver, estabelece parcerias com as pessoas que vamos encontrando e que consegue tirar as pessoas de momentos tensos e graves exatamente por essa força transformadora que tem.
MS – A senhora devota a vida a este amor?

R - Sim. Amor à Ciência, ao Ser Humano, ao Conhecimento, à qualidade de vida, à possibilidade de servir, à possibilidade de atuar e modificar os ambientes. Eu acredito muito na união das pessoas. Você junta pessoas que têm capacidades intelectuais maravilhosas você vai conseguir um resultado que é diferente da somatória individual. Também é muito importante estarmos olhando para nós como indivíduos. Quais são as questões que precisamos melhorar dentro de nós para que sejamos seres humanos melhores.

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