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Deixar registrado aqui essa fase da minha vida. Difícil, talvez a pior, mas como tal já passou. Conheço meu inimigo, portanto nunca subestimo o Câncer. Esse mal é traiçoeiro, e como!!! Não valorizo a sua passagem muito menos o seu fantasma. Não deixo de viver um dia sequer, grata a Deus que me concebe, feliz por ser a mulher forte que sou. Ando com Fé, e bola pra frente. A vida não para e eu também não.

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9 de dezembro de 2010

FORÇA NA PERUCA OU SEJA NÃO SE ABALE


Publicitária superou câncer com quimio, humor e otimismo





"Força na Peruca, Tragédias e Comédias de um Câncer", pela Editora Matrix.


A expressão "força na peruca" ganhou popularidade no universo gay e significa "não se abale". Para a publicitária paulistana Mirela Janotti, 42 anos, a frase teve esse sentido e outro mais literal, já que o acessório fez parte de sua vida por cerca de um ano durante o tratamento para cura de câncer de mama, doença diagnosticada na tenista Martina Navratilova,que deve começou o tratamento em maio último.

Diagnosticada com tumores nos dois seios em 2006, Mirela passou por cirurgias para remoção das mamas, por oito sessões de quimioterapia e 25 sessões de radioterapia. Perdeu os cabelos, cílios e sobrancelhas, mas tudo não foi tão feio quanto imaginava. Por isso, Mirela decidiu relatar em livro sua experiência e publicou "Força na Peruca, Tragédias e Comédias de um Câncer", pela Editora Matrix.

Na obra, Mirela conta com muito bom humor a experiência diante do tumor e da possibilidade da morte. Durante o tratamento, tentou levar uma vida normal, nunca se sentindo como doente. Se não vamos morrer logo, temos de tratar de logo voltar a viver disse.

Mirela não só encarou a luta contra o câncer com otimismo, como arrumou namorado e outro emprego durante o tratamento. No último dia 31 de março recebeu o 13º Prêmio Mulher do Ano de Adella Vilas Boas, que concede um troféu em caráter sociocultural em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. O objetivo da premiação é reconhecer mulheres que tenham contribuído para o crescimento cultural e socioeconômico no país. Mirela conversou com o Terra sobre a doença e o processo de escrita do livro.

Terra- Como e quando surgiu a ideia de escrever o livro?

Mirela Janotti - Em 2006, quando eu estava recém-separada e desempregada, descobri um câncer de mama em estágio relativamente avançado. Achei que fosse morrer e, por isso, pensei em deixar algumas coisas escritas à minha filha, uma espécie de diário. Com o decorrer do tratamento, que foi bem mais fácil do que eu imaginava, surgiu a ideia de fazer um relato mais otimista da doença, que acabou virando o livro.

Como foi escrever um livro sobre sua doença? Ao escrever o livro, ou seja, ao expor a minha situação para outras pessoas, acabei por ter eu mesma um maior entendimento do problema pelo qual eu estava passando. Quando entendemos melhor o problema, fica mais fácil achar a solução e a superação.


O nome Força na Peruca é divertido e ao mesmo tempo remete a um acessório que faz parte da vida de muitas mulheres diagnosticadas com câncer. Você usou peruca? Por quanto tempo e como foi sua relação com ela? Comprei uma peruca loura estilo Chanel que me deixava parecida com uma garota de programa. Era verão e a peruca esquentava muito, além de balançar e sair do lugar. Ficava meio insegura com ela e, por isso, fiquei quase um ano usando lenços dos mais variados tipos. Num dia saía de muçulmana, no outro de portuguesa, e havia também a vendedora de acarajé. Já a peruca loura eu usei na noite em que conheci meu atual "namorido". E olha que o "pobre" ficou a noite toda elogiando meu cabelo.

Qual foi a parte mais difícil do processo?

Receber a notícia. Receber um diagnóstico de câncer para mim foi como ouvir uma sentença de morte. Depois do baque inicial, a gente arruma forças para seguir em frente com todas as etapas: cirurgia, quimioterapia, ficar careca. Se não vamos morrer logo, temos de tratar de logo voltar a viver.

No livro, você conta que nunca encarou o câncer de maneira trágica. Acha que essa sua postura foi fundamental para a cura ou seu diagnóstico e tratamento já apontavam para um bom resultado?

Eu tinha 80% de chances de sobrevida. Já se passaram três anos e, graças a Deus, os resultados dos exames não encontraram nada de comprometedor. Receber a notícia foi, sim, uma tragédia, assim como é até hoje refazer os exames. Acrescentando um pouco de comédia nesta tragédia, ou seja, tentando levar a vida mais leve e sabendo rir da própria situação, fica mais fácil superar. Meu oncologista diz que primeiro temos que abolir o câncer da nossa cabeça.

Como era sua relação com a doença antes de ter detectado o câncer de mama?

Tinha algum caso na família ou amigas que passaram por isso?Não, ninguém. Todo mundo na minha família vai embora com um bom e velho enfarte.

Você fez plástica para colocação de próteses de silicone? Como lidou com seu corpo depois da mastectomia?

Estava com três tumores no seio esquerdo e dei muita sorte. As habilidosas mãos do doutor Ivo Carelli Filho preservaram pele e bico. Saí da cirugia já siliconada. Só que um peito durinho e outro já judiadinho. Dez dias depois voltei à mesa de operações para tirar uma pequena metástase na axila e aproveitei para igualar o outro seio em uma mastectomia profilática (preventiva).

Você vivia algum relacionamento na época?

Eu estava recém-separada. Fiquei casada 12 anos e a separação foi bastante traumática. Ele abandonou a mim e à filha por outra mulher. Logo depois da separação, perdi o emprego. Mesmo careca e fazendo quimioterapia, arranjei emprego e um novo namorado, maravilhoso, que está comigo até hoje. Esta semana completamos três anos juntos.

Muitas mulheres dizem que se sentem menos mulheres quando precisam remover parte das mamas ou toda a região. Você sentiu algo parecido?

Não. Conheci meu atual "namorido" (namorado com marido) quando estava careca, fazendo quimioterapia. Tive insegurança em estar com ele uma primeira vez. Medo que a peruca caísse e ele pensasse que eu era um traveco. Resolvi então assumir e contar tudo. Se eu não tinha cabelos, caprichava nos lenços estilosos. Se eu não tinha cílios, pedia para implantar. As sobrancelhas, quando caíram, eu tingia com henna. Ou seja, eu nunca descia do salto. Acho que a sensualidade não está em seios fartos e em cabelos compridos. Está na inteligência e na sagacidade da mulher. Conheço muitas, lindíssimas, que nunca se ajeitaram com ninguém que valha a pena.

Como foi o diagnóstico da sua doença?

Descobri um nódulo em 2003. Fiz biópsia e deu negativo. Três anos depois ele cresceu demais e resolvemos (eu e o cirurgião) tirar por precaução. A situação era tranquila, pois eu já tinha nas mãos um resultado negativo. Nos exames pré-operatórios, descobrimos mais dois tumores. Já era tudo câncer. Eu tinha 39 anos na época e o tratamento durou um ano.

Qual a sua relação com a doença hoje? Que sentimentos a lembrança te traz? Lembra pelo que passou todos os dias?

Conforme o tempo passa, mais distante a doença fica de mim. Vou ganhando segurança. Acreditando cada vez mais que nunca mais terei câncer. Quando volto aos laboratórios para refazer exames vem uma sensação ruim, um déjà-vu. Mas assim que abro os envelopes e vejo os bons resultados, compro champanhe e corro para comemorar.

Como era a Mirela antes e como ficou depois do câncer?

Eu hoje sou uma pessoa melhor. Mais compreensiva, mais corajosa, mais otimista. Se me acham ruim, é porque não me conheceram antes do câncer!

Você segue alguma religião? Fez promessa para algum santo?

Fiz promessa para todos os santos. Me agarrei a todas as crenças. Tenho certeza absoluta de que algo superior, Deus, me permitiu ficar mais um pouco aqui por algum motivo. E quem sabe ajudar outras mulheres com o meu relato, não é mesmo?

5 comentários:

Unknown disse...

Oi minha querida amiga!!
Já estava ficando cheia de saudade desse seu cantinho...
Muito obrigada pelo post de hoje, é muito bom ver outras histórias de luta e superação como essa nossa!!
Realmente é força na peruca, força na careca, força em tudo!! rsrsrs....
Adorei tbem o post do dia 07 de dez, veio bem de encontro comigo!!
Amanhã irei chegar alguns exames de fertilidade, pois com os tratamento de QT parei de menstruar e isso é um agravante nos meu 26 anos, mas tudo existe solução!!
beijos minha amiga fique bem!!

Cristina disse...

Wilma
Saudades de você, quase não tenho entrado na net. Como vc está? Voltou ao médico? Me manda email contando. E a Virna, ela fez a cirurgia não é? Espero que vcs estejam bem e feliz.Não se esqueça: Juntas sempre! Um abraço!

Regina Rozenbaum disse...

Wilma, amada!
Que delícia (não sei bem se é esse o termo, mas foi a sensação...)de entrevista, relato, ESPERANÇA para todas nós! Também estou desejosa, por dimaiiisss, de notícias atualizadas de Virna e claro de vc. Aguardo imeio rsrs
Beijuuss iluminados n.c.

Angela Fonseca disse...

Ei, Wilminha do coração! Meu amigo cirurgião plástico já me havia mencionado o livro. Agora, com a entrevista, ficamos cheias de esperança, não acha?
E haja peruca! E haja força! Beijos, Angela
http://noticiasdacozinha.blogspot.com

Solange disse...

Olá Wilma
Adorei seu Blog...é isso aí, estamos na luta, concerteza com sucesso no final. Parabénsssssss

Beijos da Sol

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